domingo, 26 de agosto de 2007

Sobre rosas e margaridas

Certa vez eu percebi margaridas abandonadas no estacionamento do prédio, passei por elas em silêncio, é essa coisa minha de respeito. E foi assim por uma semana seguida, eu saía e chegava e lá estavam as margaridas.

Hoje eu vi as rosas da vizinha na lixeira. Eu parei, olhei e surtei.

Rosa nunca foi minha flor preferida, não tiro a razão de quem jogou o que fora e digo mais, todo mundo deve ter uma razão - boa ou ruim - para se jogar rosas no lixo e margaridas no estacionamento, todo mundo deve ter um motivo para colocar coisas na lixeira, na gaveta ou na mochila, mas me explica o que as coitadas das rosas e margaridas teem a ver com toda essa coisa de amar e ser amado?

De fato, pra que tudo isso? De que adianta as falácias melodramáticas, as juras, as choradeiras, as músicas, o sexo, o amor mal-resolvido, as margaridas no estacionamento e as rosas na lixeira? Quem foi o infeliz que um dia chegou a achar que tudo na vida é flores? Hein? Idiotice romântica achar que alguém comprará as minhas se eu morrer de amores...

Por isso amigas, na lápide eu quero: "Plantem árvores e economizem água, deixem as flores em seus respectivos refúgios, para quem realmente sabe o que fazer com elas. Obrigada."

Se as rosas e as margaridas eram desses casos de quando a pessoa é bem/mal amada eu não sei, só sei que é por isso que eu não paro nem olho mais.

Não vejo mas também não surto...
Amém.


S.

Um comentário:

Anônimo disse...

bata as cinzas no lençol,urgente.