sábado, 27 de dezembro de 2008

Vinte e sete, Treze, dezoito e trinta e três

Esse tal de...
Diz que anda acendendo vela para Dona...
Sabe, esse tal de Espírito... não sabe?

Ele persiste em acender os cigarros
Continua abotoando os botões do paletó
para que as moças possam olhar com desejo
Mas, esse tal de...
Anda comendo muita gente,
Todos já sabem que não é mais crente
E que quem o domina, não é o salvador.

Ah, mas esse tal...
Sabe que quando o dia madruga
Boa coisa não à de vir
A polícia já amanheceu na rua
Tomando tiro dos maloca
que sabem como é difícil viver.

Na certa esse tal de...
Anda cavando buracos
Esquecendo do taco
Uivando para lua e o azul.

Ele está de sacanagem,
Querendo e não querendo
Continuar vivendo,
Sentindo e não sentindo
As nuvens e o vento.

Talvez, se esse tal...
Olhasse para mim,
Voasse para mim.
E eu,
Tão mascada,
Tão prevísivel
Perdesse a máscara
Atropelando as crianças
Esquecendo da infância
Que prometi nunca,
nunca,
Esquecer.

Ah, se apenas sorrisse.

Ao lado, ninguém
[Como vitreau
Como discos, Poesias]


C.

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