terça-feira, 20 de março de 2007

Atenção.

Quero falar agora parte do que me aflige, mas que de modo algum me oprime.

Sou pouco. Quem tambem for, me abraçe.

Não posso sequer sair das metáforas sem me confundir todo, sem me sentir falso. Não posso lidar com nenhum outro problema que não seja o problema mais fundo, o mais antigo.
Vejo em mim duas faces, e nesta paisagem estaciono. São duas faces. E até que alguem me levante e me faça caminhar pra mais perto, pra mais dentro destas, vejo apenas duas faces, não percebo que em cada uma destas existem mais duas, e mais duas em cada uma, e mais e mais.
Não suporto o infinito, por isso ainda o chamo assim. Não suporto a idéia de mergulhar nele, de me perder numa conta sem fim.
Me chamam de aventureiro. É mentira.
Me chamam de poeta, é tambem. Sequer suporto a poesia, não posso com ela. Então a vejo em todos os cantos para que ela nunca me surpreenda, pra que nunca me dome.
Sou minúsculo, considero "ser" apenas as características mais raras de mim. E nelas me apoio, e delas me orgulho.
Sou pequeno, ao ponto de vomitar esta confissão para que ela não me machuque tanto.

Acontece que ser grande não é o principal.

o principal é ser, portanto, eu e meu pequeno tamanho seremos um ponto final.





G.

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