terça-feira, 26 de junho de 2007

dó com baixo em dó

1. Seu medo passando pelas minhas narinas, disfarçando nos olhos claros cada pedaço desejado em um. Sorrindo por um canto amarelado e limpo.
2. E o outro olhar te desejava ileso e completamente ofensivo por ser um malandro amado, e um amante malandro. Amante pelos dedos longos, pelos seus pêlos loiros e os olhos brilhando cores que ainda não existem, mas sim, vão existir. Porque tudo há de existir para que possa acabar. Mas não, não agora. Nunca agora. As pernas indecisas e as mãos inquietas, palavras quase sombrias só para botar banca. E para que o medo do adeus estrale forte nesse seu coração macio.
3. É preciso conhecer essa dor aí, que eu conheci agora a pouco, mas é que tentamos nos enganar pelos laços que não são mais postos pelas mães, e sim, pelos negros que queremos ter.
4. Não é possível jogar qualquer um deles sem antes conhecer, seja roxa, verde ou alaranjado. Eles ainda existem. E não pense que não.
5. Porque o nosso suor quente sobre os dedos me adormecem para um sonho que vai além das palmas.
6. E o abraço quente exalado pelo frio do vento de março, apesar do inferno astral me disse que não é o fim.
7. Não pode e não deve acabar, ainda.

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