quinta-feira, 12 de abril de 2007

Acordei feliz


Sorrir. Sorrir. Sorrir. – uma borboleta soou em meus ouvidos. Anestesiou a minha mente e tocou quase todo o cor-de-rosa que existe dentro de mim, vibrando cada parte cheia de casca grotesca e apagada dentro do meu corpo.
Me sacudia por dentro, e meus olhos vibravam e soluçavam em danças não sentidas. Meus lábios também amortecidos era banhado pela minha saliva grossa e adocicada de uva.
Perdi os movimentos dos ombros e o mundo parou de pesar nas minhas costas, meus dedos entrelaçavam pelos meus cabelos sem nenhuma força. E cada movimento era brilhante deixando um rastro como uma estrela cadente.
O ar entrava em meus pulmões, fazia toda volta pelo meu corpo, passando pelo meu sangue roxo e voltava como um labirinto sem paredes.
Senti meus lábios se mexendo e imaginei ser um sorriso pelo sol, talvez pela marca branca parecida com uma maçã mordida naquele céu-azul-celeste, visto pelo foco dos meus olhos embaçados de amor.
Um amor que não existia, mas que mesmo assim, era saboroso.
A brisa batia com força na minha pela escura de sol, fazendo música de chuva caindo em manhã de domingo.
Fechei meus olhos com força, e quando vi, não estava mais ali. Nada disso havia acontecido.
Acordei feliz. Me vi sorrir.


C.

Nenhum comentário: