quinta-feira, 5 de abril de 2007

Branca, Lua, Preta!

É assim, mais ou menos assim.
As pessoas se aquietam e ficam sóbrias, há um silêncio profundo nesse lugar. O barulho das árvores é como aquela velha música que toca na nossa vitrola, é, na nossa vitrola. É como se nenhum sentimento existisse aqui dentro de mim, como se tudo tivesse parado e eu estivesse apenas respirando e ainda trabalhando todas as articulações do meu corpo. É como partir e morrer. Não estar. Um dia nada. Um dia sem sentimentos, sem abraços, sem ninguém, sem melancolia. Não tendo pra onde fugir, muito menos onde se esconder, a não ser em si próprio. Naquele lugar que só você conhece, onde tudo pode, onde tudo é inocente. É verdadeiro.

A privada aqui é toda suja, com um fundo preto. Cheia de merda, cheia de vômitos. Das tantas coisas que cansam as pessoas, das tantas amarguras, das tantas inseguranças, dos tantos medos, enfim, dos tantos que não foram aproveitados, ou aproveitados demais. Tanta coisa já aconteceu e eu só vi passar. Nuvens de algodão, bolas de papel, pipas ao ar, pirulitos coloridos, mas nunca me deixei ser aquela criança, que sonha, que pensa no futuro, que tem como princípio, ser feliz, apenas ser feliz. Não, eu quis tudo ao contrário. Tudo errado? Não sei se errado. Pra essa sociedade podre, sim. Mas, para nós, não. É agora e é pra sempre. É como se estivéssemos aproveitando todos os momentos, como se fossem o último. É mostrar-se amigo, é ter amigos.
Eu tento fugir dos olhares do mundo, me esconder a todo instante. Não é bobeira, eles não aceitariam. Não é forte e nem oprimido.

Cada eco leva uma voz adiante. Qualquer traço, linha, ponto de fuga. Qualquer pedaço que se mova, qualquer.
QUALQUER COISA, ALGUÉM AÍ ENTENDE? É CANSAÇO!


d.

2 comentários:

Anônimo disse...

sinto-me cansada também. já estou ofegante. falta ar. é por isso

Anônimo disse...

a pakintan croush laiptin furk nessin nikliudov trotot flein.